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Financiamento para a compra de casa em máximos de oito anos

Financiamento para a compra de casa em máximos de oito anos

Os bancos aceleraram a concessão de novo crédito para a compra de casa para máximos de 2010, antes da entrada em vigor das novas regras para o crédito à habitação.

Os bancos portugueses voltaram a acelerar a concessão de financiamento para a compra de casa, em Junho, antes da entrada em vigor das novas regras para o crédito à habitação. Segundo os dados do Banco de Portugal, divulgados esta terça-feira, 14 de Agosto, as instituições financeiras financiaram 990 milhões de euros para a compra de casa, no sexto mês do ano. Trata-se do mês mais forte em termos de concessão de novo crédito em oito anos.

Financiamento para a compra de casa em máximos de oito anos
No acumulado dos seis primeiros meses do ano, as novas operações de crédito à habitação somaram 4.774 milhões de euros, com o financiamento bancário para a compra de casa a manter um forte ritmo de crescimento. Este montante representa um crescimento de cerca de 25% face aos 3.821 milhões emprestados para esta finalidade no mesmo período do ano passado.

Os bancos continuam a apostar neste segmento de crédito, apesar dos alertas do Banco de Portugal para evitar excessos cometidos no passado e antes da entrada em vigor das novas regras, no início de Julho. O Banco de Portugal emitiu, em Fevereiro, um conjunto de recomendações que impõem alguns limites para a concessão de novos empréstimos, nomeadamente ao nível da maturidade dos créditos e do rácio que podem financiar do valor do imóvel.

Ainda que as medidas sejam sob a forma de recomendação, caso não sigam estas regras, os bancos terão que explicar ao supervisor porque não o fazem. “É uma recomendação. Vamos observar se os bancos respeitam ou não. Se não respeitarem, podemos passar para o nível seguinte: uma injunção”, adiantou recentemente Carlos Costa, no Parlamento.

Financiamento para a compra de casa em máximos de oito anos
À semelhança do que tinha acontecido em Maio, o “stock” de crédito voltou a aumentar. Atingiu os 92.837 milhões de euros, acima dos 92.807 milhões registados no mês anterior.

Ao contrário do crédito à habitação, que registou um forte crescimento, nos empréstimos que têm como finalidade o crédito ao consumo e outros fins, a concessão de financiamento abrandou face ao final de Maio. O crédito ao consumo baixou dez milhões de euros para 419 milhões, enquanto o crédito para outros fins atingiu 146 milhões de euros, face aos 162 milhões fixados em Maio.

Relativamente às empresas, o crédito aumentou face a Maio. As novas operações até um milhão de euros ascenderam a 1.545 milhões de euros em Junho, face aos 1.535 milhões registados em Maio. No total do semestre, os bancos financiaram 8.651 milhões de euros às pequenas e médias empresas, o que representa um ligeiro aumento de 2,45% face ao montante financiado para este fim em igual período do ano passado.

Já as operações acima de um milhão de euros totalizaram os 1.117 milhões de euros, acima dos 1.019 milhões registados no mês anterior. O balanço do semestre foi igualmente positivo, com os bancos a financiarem 6.498 milhões de euros, face aos 5.483 emprestados até Junho de 2017.

Notícia de : jornaldenegocios
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